sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Maioria dos europeus ainda duvida da viabilidade do VoIP

Em 2007, 75% do tráfego de voz será feito sobre IP, segundo estudo da Frost&Sullivan. Apesar disso, a consultoria revela que mesmo com ofertas tentadoras de redução de custos e as funcionalidades que proporcionam, a viabilidade da tecnologia aplicada aos negócios ainda é questionada.

Concretamente, o estudo mostra que 73% dos respondentes europeus da tecnologia estão preocupados com a qualidade e a viabilidade do VoIP. Assim, de acordo com a pesquisa encomendada pela Compuware, 39% das companhias no acreditam no rendimento das aplicações de voz antes que seja colocada em marcha, não podendo, portanto, antecipar o efeito que terá na rede e, consequentemente, assegurar que a aplicação funciona com absoluta viabilidade quando aplicada ao negócio.

Segundo Michael Allen, diretor global para soluções de rendimento da Compuware, “as empresas tem claro que a qualidade a viabilidade são essenciais na hora de adotar soluções de VoIP”.

Entretanto, quando se observam os passos dados pelas companhias antes de implementar a solução, são numerosas as ocasiões em que não se verifica como esta nova tecnologia vai se encaixar no resto da rede que os efeitos pode ter.

Este informe também indica que as empresas não estão aplicando nenhuma estratégia para monitorar a qualidade das chamadas sobre VoIP, depois que o sistema já está em funcionamento. Somente 8% das empresas entrevistadas gerenciam ou monitoram as chamadas, ou estão preparadas para fazê-lo em escala individual.

Vale ressaltar que somente é possível obter a visibilidade necessária para poder assegurar que um sistema de VoIP funciona corretamente dentro de uma rede de empresa, realizando uma monitoração individual.

Em relação a isso, 37% dos diretores de tecnologia afirmam dispor somente de um feedback retrospectivo dos usuários e, portanto, somente é possível corrigir problemas já ocorridos.

Um total de 29% das empresas dizem utilizar de forma ocasional provas sintéticas, que simultaneamente adicionam carga a rede e as quais também implicam que, quando ocorrem problemas em horas não usuais, em que os técnicos não realizem essas provas, não serão detectados.

Por outro lado, o estudo revela que 72% das empresas monitoram que o uso global da rede no lugar de examinar o comportamento individual e o uso de cada aplicação. Isto significa que a qualidade do serviço de VoIP pode sofrer, inclusive se a organização usa “classes de serviço” na rede MPLS, porque os departamentos de TI terão o conhecimento necessário sobre o rendimento da aplicação.

Este enfoque se vê também refletido na reação dos problemas dos responsáveis por TI. 46% admitem que antes de qualquer problema do uso da rede, simplesmente se limitam a dar mais largura de banda antes que os usuários questionem em mais profundidade sobre qual é a verdadeira razão do problema.

Segundo a Compuware, com aplicações em tempo real, como o VoIP, é preciso que as empresas mudem a maneira de monitorar e gerenciar o rendimento da sua infra-estrutura e não podem ser unicamente reativas e simplesmente monitorar o uso da rede.

Dealer World - Espanha

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